27 de março de 2009

TORNADO “SYN” - THE EVOLUTION


A gente nunca deixa de aprender alguma coisa nova na vida. Nem que seja só pra reaprender aquilo que já sabíamos, mas por um ou outro motivo acabamos esquecendo. De todas as vezes que eu postei neste blog, esta será a primeira vez que eu escrevo movido mais pela emoção do que pela razão, mais pela estranha sensação de vazio interno do que pela necessidade de expor algum ponto de vista. Então por favor, não estranhem qualquer incoerência. Pois é, o Syn também tem dias ruins, normal né?

Eu poderia listar muitos adjetivos para essas duas últimas semanas na tentativa de ilustrar o que elas representaram, mas nenhum seria melhor que este: inferno. Por sorte eu sei que, se podemos aprender com o amor, aprendemos igualmente com a dor... e foi ela que me ensinou muita coisa nesses dias do meu inferno particular.

A primeira coisa que eu aprendi (ou reaprendi) é que não devo esperar dos outros reações e atitudes similares às minhas. Esse tipo de expectativa pode ser perfeita quando é correspondida, mas tem um poder devastador quando não existe essa sincronia. E o Syn reaprendeu isso da pior forma: se decepcionando DE NOVO com o amigo imbecil (lembra?) que vacilou novamente e de forma similar. Só que dessa vez ele já percebeu que errou, mas fica com cara de bunda. E dessa vez eu perdi a boa vontade de esclarecer a situação porque a paciência se esgotou e a consideração por ele já está se deteriorando. O dois pés estão atrás dessa vez e eu não pretendo tirá-los de lá.

Outro aprendizado importante é “não comece a namorar apenas por carência e/ou comodismo”. Não vale a pena, é desgastante, você se irrita à toa e acaba magoando alguém que poderia ser um bom amigo. Resumindo a história, o meu quase-ex-namorado (faltou tempo pra oficializar o “está acabado”) não é nada do que eu esperava. Pior, ele não é nada do que eu desejo pra mim nesse momento, e eu nem sou tão exigente. Eu não quero um deus grego lindo e rico. Eu só quero alguém parecido comigo, que tenha praticamente a mesma idade mental (e não cronológica) que eu; que tenha obrigações e responsabilidades parecidas com as minhas; que não seja um asno sem cultura (modéstia à parte, mas eu reconheço o meu valor intelectual); que não me ligue incansavelmente 15 vezes seguidas por hora diariamente pra futilidades (como saber onde estou, como foi o meu dia, o que vou comer, que horas eu fui dormir, com quem eu saí, etc) e que não me trate como boneco inflável na cama. Se ele for morto de lindo, ótimo, mas se ele for só comum, melhor ainda. Agora junte todos esses pré-quesitos, monte mentalmente o meu homem perfeito e depois faça um oposto completo dele; pronto: esse é o meu (ugh!) namorado!

Terceiro aprendizado: não crie maus-hábitos com a fisiologia do seu corpo. Ou falando mais claramente, não coma em horários irregulares, não durma demais e nem fique sem dormir por muito tempo, não troque o dia pela noite por banalidades (festas, farras e saideiras não são banalidades, passar a madrugada fuçando orkut dos outros é) e faça algum exercício (de qualquer espécie) de vez em quando. Eu percebi meio tarde que já não tenho controle dos meus horários de sono, que minha alimentação ta uma bagunça e que, por conta disso, minha saúde está em baixa. Associado a isso, a falta de tempo constante (por não conseguir acordar pela manhã) não me dá tempo pra procurar médico, dentista, fisioterapeuta, nutricionista e muito menos pra fazer algo saudável, como correr, malhar, nadar, etc. Exatamente aquele velho provérbio “em casa de ferreiro, espeto de pau”. Dá até vergonha de ser um quase-Fisioterapeuta. Neste exato momento meu nariz está obstruído ao extremo, minha garganta dói e não paro de espirrar, e essa gripe é só conseqüência do meu descuido.

E essa eu precisei aprender pela última vez: não deixar as coisas para cima da hora. Isso inclui compromissos, trabalhos de faculdade, monografia, pagamento de contas, compras em geral, pegar o “busão” na parada, etc. A lei de Murphy é uma constante tão real quando eu ignoro o tempo correto de fazer minhas atividades que eu devia ser um verdadeiro estudo de caso pro tal Murphy (que disse: “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”).

Ainda não acabou, o inferno ainda não passou, mas desta vez eu tenho várias decisões em mente:

– Fortalecer minha auto-estima e deixar claro, especialmente para aquele amigo, que meu amor próprio ainda é maior que meu altruísmo quando essa é minha vontade;

– Finalizar com o namorado incompatível com grande urgência e voltar à “caça”;

– Cuidar um pouco mais de mim, descansar um pouco mais no final de semana e tratar essa maldita gripe;


– Adiantar meus afazeres em geral;

– Tentar não mais abandonar meu blog por tanto tempo (neste caso mais de uma semana);

– Garantir a vocês leitores que o maldito Tornado “Syn” não vai mais voltar por aqui, tenho coisa muito melhor e mais interessante pra expor aqui do que esses meus momentos deprê.

E será assim dessa vez. Palavra do Syn!

[...]

OBS: Amanhã mesmo eu prometo ler todos os posts novos de todos os blogs (os que eu acompanho e dos meus novos visitantes), responder e comentar tudo que eu puder. Eu devo isso tanto a mim mesmo quanto a vocês. Obrigado pelos coments de sempre!

15 de março de 2009

PRECONCEITO

Palavrinha complicada essa, que carrega bastante significado e muitas conseqüências: preconceito. Encontrei uma interessante definição na internet: preconceito é uma postura ou idéia pré-concebida, uma atitude de alienação a tudo aquilo que foge dos “padrões” de uma sociedade. Observe que a palavra padrões esta devidamente entre aspas, e qualquer um sabe o motivo, né? Fato é que esta semana eu me deparei com umas situações que me inspiraram o suficiente pra eu falar sobre preconceito aqui no Sinapses.

Antes de continuar, permitam-me lembrar que ser gay não implica em ser alienado, pois tenho a completa consciência de que o preconceito sexual é apenas UM dos vários que (infelizmente) existem.

[...]

A primeira situação foi conversando com uma amiga que encontrei uma noite na praia. Detalhe: na verdade foi ela que me achou e num bar GLBT da praia. Como não sou de rodeios, comentei sobre eu ser gay e tal. A reação dela foi previsível: primeiro ela arregalou os olhos e fingiu não acreditar, logo depois ela tentou esconder a própria surpresa e citou a típica frase “ah tudo bem, eu não tenho preconceito”. Sinceramente, não me ofendi nem um pouco com a reação dela, mas isso me fez pensar num detalhe: pode ser verdade que ela não tenha preconceito quanto a mim, mas será que isso vale pra TODOS os casos em TODOS os tipos de preconceito? Aliás, quem nunca foi preconceituoso um dia? Definitivamente ninguém. As diferenças dos “padrões” existem em todo lugar. Manter resistência ao diferente e conceituar as coisas são reações normais e constantes do ser humano, ocorre em nós desde muito cedo, quando ainda crianças estranhamos o garoto que não gosta de jogar de futebol ou o colega de classe que tem características étnicas diferentes das nossas. Fato é que a própria sociedade empurra um “padrão” a ser seguido por todos e quem não o segue a risca sofre forte coerção, e isso se propaga pra formação da nossa personalidade, ou seja, o preconceito é contagioso porque se “pega” na própria sociedade, de pais pra filhos, de professores pra alunos, de um amigo pro outro. Que fique claro: todos têm o direito de ter uma opinião (favorável ou não) a um indivíduo, desde que essa opinião não interfira em ABSOLUTAMENTE NADA nos direitos/deveres e não prejudique EM NADA (principalmente socialmente) o sujeito.

Vejamos a segunda situação. Conheci (infelizmente) um dia desses um garoto jovem (16-17 anos), rico, caucasiano e gay no centro de São Luís. E pasmem: o cara é altamente racista! Eu fui apresentado a ele e 5 minutos depois ele pedia pra todo mundo ficar de olho num cara negro atrás da gente porque ele achava que podia ser bandido, e de bandido o garoto não tinha nada, só estava conversando tranquilamente com sua namorada abraçada a ele. Nem continuei o papo porque fiquei completamente irritado. A pergunta que não quer calar é: como um garoto gay (que sabe o que é ouvir desaforo e o quanto é ruim ser discriminado) pode ser racista? É algo completamente inconcebível, absurdo, imoral, estúpido, pequeno. E com isso pensei em outro detalhe: como é possível exigir direitos iguais e abominar a discriminação quando muitas vezes o preconceito está dentro de quem reclama? Ser diferente não é fácil, mas nada justifica o ato de apontar as diferenças dos outros apenas para tirar o foco das suas próprias diferenças.

E chegando à terceira situação. Depois de quase um mês sem ter aberto o meu e-mail (synapse87@gmail.com para contatos, queridos), eu me deparo com uma antiga mensagem esquecida por lá. O indivíduo dizia ter lido meu blog e se interessado em duas postagens, "Homossexualidade" e "Fé, religiões, fatos e opiniões" (e eu tinha ficado tão feliz por eles não terem sido polêmicos...), dizendo que respeitava minha opinião. Mas em seguida, pareceu que ele tinha entendido tudo errado! Disse que sou amargurado, mas que me entendia, que já foi assim, que já foi um porra-louca (“mantinha minhas muitas amizades, meus romances; fazia sexo, usava drogas, curtia festas...” - S.I.C.), mas que encontrou seu grande amor e que tudo isso mudou (sim, ele também é gay), que encontrou o amor e, com ele, “Deus” e que eu preciso apenas perceber e aceitar o amor de “Deus” para que a minha vida melhore como a dele melhorou. Eis as frases mais paradoxais na minha opinião (e lembre-se que você não precisa concordar com ela):

– “Sabe, eu aprendi que, o amor de Deus não é isso que a maioria diz. O amor de Deus não é contraditório. Deus pode amar o homossexual e odiar o homossexualismo sim. É como você amar sua mãe e odiar o cigarro que ela fuma todo dia.” (S.I.C.)

– “Assim como Deus, eu amo os homossexuais (e nunca me esqueço de que eu mesmo vivi dessa forma), mas odeio o homossexualismo, porque eu sei que isso não é o melhor de Deus para essas pessoas.” (S.I.C.)

Existem GRAVES diferenças na intepretação das minhas postagens. Primeiro porque eu me referi ao que a Bíblia diz (citação do meu post: “A bíblia julga a homossexualidade pecaminosa, mas também diz que “Deus” ama a todos, inclusive os homossexuais. Irônico não?”) e não ao que realmente eu acho de Deus (Aquele que eu reconheço como Deus). Além disso, se minha mãe fumasse essa seria uma ESCOLHA dela. Por mais que alguém não tenha controle do seu vício, não dá pra ignorar que quem buscou/permitiu inicialmente este vício foi o próprio viciado. E livre arbítrio é completamente diferente de ser o que a sua natureza impõe, como a cor dos olhos, a necessidade de comer e a sexualidade de cada um. E por fim, ISMO em linguagem médica e científica denomina DOENÇA, logo homossexualismo é totalmente inadequado por não ser uma doença (prefira homossexualidade).

Eu agradeço bastante a tentativa de ajuda, mas discordo de quase tudo que ele me disse. Considero extremamente preconceituoso tentar impor toda a opinião da religião e sexualidade dele sobre a minha, independente das experiências que ele já viveu e do que ele aprendeu. O preconceito começa exatamente aí, quando começamos a discriminar/julgar/impor aos outros que são diferentes (ou pensam diferente) um “padrão” a ser seguido baseado no que se é e no que se acredita. Mas acreditem, eu RESPEITO COMPLETAMENTE a opinião dele, porque entendo que ele pensa diferente, é diferente de mim e provavelmente está feliz na situação dele.

O preconceito está marcado em nós e enraizado na sociedade. É difícil erradicá-lo porque existe uma tênue linha que determina os nossos próprios direitos (como o de opinião) e os direitos dos outros (como o de expressão). Além disso, preconceito é produto de ignorância, de não se permitir conhecer melhor quem é diferente, de não aceitar que a própria opinião pode não ser a infalivelmente correta, de intolerância e orgulho; coisa que existe de sobra no mundo. Mas que fique claro: diferente do que diz os “padrões” locais, você não precisa ser jovem, independente, rico(a), caucasiano(a), fervorosamente religioso(a), heterossexual, machista, norte-americano(a) pra ser feliz. Porque, apesar de sermos diferentes, somos todos iguais.

10 de março de 2009

SELOS!

Gente, um blogueiro amigo me deixou muito feliz nessa semana. Fui visitar o November Rain e descobri que o Wolf tinha me indicado em 3 selos. Primeiro eu não entendi nadinha, até porque este blog nasceu em 2009 e isso significa que eu tenho menos de 3 meses como blogueiro. Só quando eu fui pesquisar (obrigado Google) um pouquinho é que eu fui entender o recado: selos são como presentes, homenagens entre blogs. Na hora que entendi, fiquei tão feliz quanto um garotinho provando sorvete/chocolate/iogurte pela primeira vez. Isso tudo por dois motivos:

1- Fiquei muito honrado de receber prêmios do Wolf (que é um grande e excelente veterano blogueiro);
2- Vou poder repassar estes selos pra outros blogs que eu gosto!

E como sou metódico pra essas coisas, vou postar selo por selo e suas regras a seguir.

[...]

A - PREMIO DARDOS
Com o Premio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc; que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Os selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web. Quem recebe o “Premio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:

1- Exibir a distinta imagem (confere);
2- Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio (fiz isso no início do post, confere);
3- Escolher quinze outros blogs a que entregar o "Premio Dardos” (isso fica pro final de todos os selos).

[...]

B - OLHA QUE BLOG MANEIRO!
Este tem menos conversa, eis as regras:
O selo deve ser recebido e repassado seguindo os passos abaixo:

1- Exiba a imagem do selo “Olha que Blog Maneiro!” que você acabou de ganhar (confere);
2- Poste o link do blog que te indicou (início do post, confere);
3- Indique 10 blogs de sua preferência (again);
4- Avise aos seus indicados (confere);
5- Publique as regras (confere);
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras;
7- Envie a sua foto ou de um (a) amigo (a) para olhaquemaneiro@gmail.com juntamente com o link dos 10 blogs para verificação. Caso os blogs tenham repassado o selo e as regras corretamente, dentro de alguns dias você receberá uma caricatura em P&B (que legal!!! confere também).

[...]

C - MANIFESTO DOS JOVENS QUE PENSAM

Proposta do Manifesto:
"Mostrar que aquela história está perdida é uma generalização tola e sem sentido. Como a autora da proposta explicou: 'Existe sim muitos jovens que pensam e tem seus ideais, que debatem, e que querem mudar o mundo. Mas querer não é suficiente. Com o blog conheci jovens brilhantes que estão perdidos por esse Brasil. Vamos nos unir e mostrar que nem tudo está perdido! Nós podemos fazer a diferença sim!' Como o nome do selo é 'Jovens que Pensam', estarei indicando aquelas pessoas que eu considero jovens e que pensam!"

Regras:
1- Exiba a imagem do manifesto e explique do que se trata (confere);
2- Poste o link do blog que te indicou (início também, confere);
3- Indique 10 blogs da sua preferência para fazer parte dos Jovens que Pensam (again);
4- Avise seus indicados (confere);
5-Publique as regras (confere);
6- Confiram se os blogs indicados repassaram a imagem e as regras (humm... conferir não quer dizer obrigar... então confere).

Pronto! Você já faz parte deste Manifesto!

[...]

Aí vai a longa lista de indicados para os TRÊS selos. Exatamente, 1 a 10 para os selos de dez indicações e 1 a 15 para os selos de 15 indicações. Simples assim:

1- Confissões Ácidas
2- Confissões a Esmo
3- Máfia dos Pavões
4- Quase Trinta
5-
Olmos não dão peras
6- [Gay Alpha]
7- O Blog Mais Legal de Todos
8- Brainstorm
9- Fale com ele
10- Tanta coisa
11-
Mentes Discrepantes
12-
Meu * que brilha
13- Ela Aquariana
14- Eu dou pra idiotas
15- Chiqueiro Chique


Bom, era só isso por hoje. Obrigado mais uma vez Wolf!
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OBS: Não vejo necessidade de outro post pra servir de "Jornal da vida do Syn", então atualizando os fatos rapidamente:

1- Meu primo continua insuportável e homofóbico, mas agora ele está quieto no canto dele (adoro ganhar brigas);

2- A decepção com o meu amigo já era: ele percebeu que tinha algo estranho, nós conversamos e pedimos desculpas reciprocamente... está tudo resolvido novamente (eu espero);

3- Aceitei um certo pedido de namoro. Desde sábado, 7/03/09, eu, Syn sou um rapaz comprometido.
Sem paixões ainda, mas com um carinho crescente muito legal de se sentir.

5 de março de 2009

TORNADO “SYN”


Tomado por muita confusão nesses últimos dias, uma verdadeira tormenta. Pra falar a verdade não acabou ainda, o tornado já passou, mas restaram seus estragos. Vou tentar detalhá-los um por um como um, tipo de jornal da vida do Syn.

Começando pela minha casa. Eu sempre soube que meu irmão conhecia minha sexualidade (mesmo eu nunca tendo contado) e, mais importante que isso, ele é o tipo de heterossexual convicto de que não existe nenhuma diferença entre heteros e homos. Isso mesmo, eu tive a sorte de ter um irmão desses em casa, que não faz comentários homofóbicos e que ri junto comigo do humor gay (como o do Bagaça Pop, que ele morre de rir). Nesse carnaval exatamente tivemos a nossa primeira conversa sobre isso, e só serviu pra acertar nossas diferenças, amarrar as pontas soltas e renovar o sentimento de amigo-irmão que tava soterrado (principalmente em mim) desde meus 17 anos. Aliás, foi ele que me carregou bêbado no meio de uma praça, me levou pra casa e depois me colocou no ônibus de volta pra São Luís. E ele nem imagina quantos pontos ganhou com isso...

Como nada é perfeito, eu tenho um aderente (primo) que mora aqui em casa e este sim é o hetero-homofóbico-chefe. Quando conversei com meu irmão, ele me contou que esse primo infeliz encontrou e mostrou meus CDs pornôs gays escondidos (e eu achando que estavam infalivelmente ocultos), ou seja, ele já sabe. Uma notícia dessas é tão importante quanto saber uma eliminação no BBB: “a minha vida nunca mais será a mesma!!!” (ironic mode). A vantagem é que agora EU sei que ele sabe, e os comentários deles serão respondidos à altura, porque eu é que não vou levar desaforo na minha própria casa. Prevejo um tempo de conflitos se aproximando, aqueles do tipo que eu adoro.

Mudando de assunto: uma grande decepção me apunhalou, e pior, veio daquilo que eu priorizo em minha vida. Amizade pra mim é até sobrenatural, de tão importante e sagrado que é. Não tenho a menor vergonha de expor publicamente a importância de um amigo pra mim, inclusive pro próprio (se for necessário). E um desses “amigos dos dedos das mãos” ridicularizou uma dessas demonstrações públicas (uma foto-montagem de amigos meus e deles, que deu um baita trabalho pra fazer) só porque acharam elas “gays”. Detalhe: ELE pediu pra eu fazer a porra da foto-montagem. Só pra piorar, ele começou a desvalorizar a disponibilidade integral (voluntária) que eu oferecia pra ele. Me chateou pra caramba as atitudes dele, e eu ainda to tentando engolir tudo isso. Depois dessa, um bom gelo e certas mudanças de atitude podem corrigir essa situação toda.

Na faculdade as coisas andam ruins. A monografia que precisa estar pronta pra maio tá mega-ultra-hiper-full-large-atrasada. O desespero tomou conta de mim, mas a atitude pra começar logo essa joça ainda não apareceu. Do jeito que eu me conheço, vai ficar pronta 2 dias antes de entregar, o que é TOTALMENTE errado! NÃO FAÇAM ISSO EM CASA!!! Pra completar, perdi um dia de estágio acadêmico por causa de um dilúvio (é verdade, as chuvas aqui em São Luís foram promovidas), isso significa que eu vou ter que pagar (argh!) R$ 23,00 pra faculdade e ainda perder um dia das férias de julho trabalhando pra repor a falta. É mole?

Mas as coisas melhoraram drasticamente em outro aspecto: o sentimental. Encontrei um garoto (não espetacularmente lindo, mas muito fofo e carinhoso) numa boate GLS da cidade na sexta passada. A gente ficou e ele ligou no dia seguinte. Preciso não me acostumar com isso, essas coisas são MUITO raras. A gente já saiu de novo duas vezes essa semana e eu tô adorando tudo isso. Não estou apaixonado (ainda), mas estou envolvido. Não estamos “namorando” (ainda) e eu nem gosto de apressar isso, mas gosto do cara e pode ser que saia daí uma história bem legal. Tomara!

Que toda essa tormenta de raiva, decepção, alfinetadas, alegria e atração passe definitivamente pra que eu tome as decisões certas sem me levar puramente pelo calor das emoções. E ela vai passar...

P.S.: A pedidos do Gay Alpha: nem rolou sexo NESTE carnaval, pelo menos não o sexo, sexo mesmo, nem sexo comigo mesmo (se é que você me entende, rsrsrsrs). Mas já rolou com o carinha que citei ali em cima, e foi muito bom (*-*). Apenas mais um comentário: PQP! Não sou normal! Como eu consigo viver tanto tempo sem sexo?!