9 de janeiro de 2010

2010


Aviso: o texto a seguir não possui a coerência nem a coesão lineares que eu tento sempre preservar por ser um costume e uma auto-exigência. Além disso, o texto está repleto de metáforas, mas com essas vocês já estão bem acostumados. Este post é parte da minha necessidade de mudanças. Obrigado!

A minha vida estava um CAOS e eu sabia disso o tempo todo. Eu só tentava dar outros nomes a esse caos, como “depressão”, “derrota” e “fundo do poço” (lembra?). Daí, quando eu me conscientizei da existência e persistência do caos, resolvi adiar minha reação a ele pra 2010, e eu mudaria a minha vida. Eu mesmo já sabia dessa necessidade de mudar desde os últimos dias de 2009, na semana do Reveillon, mas ainda assim, resolvi adiar pra 2010. Os humanos têm essas idéias esquisitas e malucas de que a mera mudança de um ano pode trazer mudanças de vida... E o pior, traz sim! Mudar de ano significa que uma série de coisas precisam acontecer de novo, sobretudo datas e épocas, e essa repetição nos traz uma espécie de oportunidade pra mudar e até melhorar nossas escolhas e atitudes. É como se a mesma data necessitasse de novos significados ou novas representações...

Acontece que o alerta do caos instalado na minha vida veio de onde eu menos esperava e da pessoa menos indicada: o infeliz que fez do meu fim de ano um inferno glacial monocromático e monótono. Exatamente, o rapaz que me deu uma rasteira, me derrubou e me deixou totalmente no chão. O mais irônico, e até engraçado, é que as palavras dele foram tão eloqüentes que por pouco eu não mudei minhas próprias ideologias. Foi como se ele tentasse me convencer de que a culpa por eu ter caído não era dele; ele apenas deixou o pé no meio do caminho, “acidentalmente”; o errado tinha sido eu, que passei “distraidamente” no lugar e na hora errada e acabei tropeçando no pé dele. Mas eu sei (e você também deveria saber) que não é certo deixar o pé no meio da passagem, a menos que a intenção do ato seja EXATAMENTE derrubar alguém. E fica a dúvida: eu sou assim tão masoquista pra me permitir tropeçar no pé no meio do caminho ou ele precisava sustentar seu ego sabendo que ainda era capaz de derrubar alguém? Eu até acredito em ingenuidade, mas não acredito na inocência de quem é inteligente e/ou bem experiente.

Bem, se é que existe alguma coisa boa nisso tudo, é que o indivíduo acima me imunizou com dicas de como não tropeçar em pés, pedras, tijolos, raízes, calçadas e afins no meio do caminho. E também me mostrou que o meu caos era totalmente reversível. E sendo assim, eu usei os últimos dias de 2009 pra programar toda a mudança no meu life style, que aconteceria em 2010. E acreditem: eu mal bradei com orgulho sobre os meus planos, com uma sucessão de mudanças que aconteceria e 90% daqueles que me cercam duvidaram de mim. “Tu vai mudar Alysson? Duvido, você não vai conseguir...”.

Um dia um “babaca” disse: o homem um dia poderá voar. E esse babaca foi ridicularizado e desacreditado. Hoje, os babacas são aqueles que ridicularizaram e desacreditaram Santos Dumont, right? Sim, porque ele conseguiu provar que estava certo enquanto os outros (os babacas) foram esquecidos. E é esse o exemplo que eu quero pra mim. Por isso dei um banho de sal grosso nos meus planejamentos, me imunizei contra o mau olhado alheio e voilà! Dei os primeiros árduos passos em direção à mudança, passos que servirão como sofrimento e expiação necessárias, até porque assim eu tenho a impressão de que as coisas em breve irão melhorar. Objetivos finais perfeitos requerem esforços pesados e imediatos, então eu preciso apenas me concentrar nos objetivos (afinal, os fins justificam os meios).

Em breve não haverá mais pés e pedras no caminho. Porque depois que todas as minhas modificações e todos os meus esforços estiverem concluídos, caminhar estará totalmente abaixo das minhas capacidades. Sim, como Santos Dumont, eu quero de fato voar! Let’s go!!!

2 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Belo post, parabéns pelo contexto do seu blog! feliz 2010!

Cris Medeiros disse...

Sinto falta de suas postagens e é bom quando vc retorna ao blog!

Eu sempre digo que não precisamos fugir da tristeza e sofrimento, precisamos esgotá-los pra no momento seguinte seguir adiante! Com vc vai ser assim...

Odeio usar clichês, mas esse cabe bem: tudo que não mata, nos fortalece... É uma realidade, querido, estou torcedo pra um 2010, bem melhor, pra todos nós... rs

Beijocas