"Agradeço pela ração
Aqui tudo está sempre a mão
Um cantinho pra eu me deitar
Uma bola pra me acalmar..."
"Te cuido tanto aqui
Te dou o que quiser
É só me divertir
E não tentar fugir..."
(Rato na roda - Pitty)
Minha opinião sobre a política no Brasil vocês já conhecem (ou podem lembrar clicando
aqui). Ela não mudou praticamente em nada: chegam as novas eleições e o cenário é o mesmo, políticos arrumados, desinteressantes, muitos deles criminosos e que nem disfarçam que estão apenas lendo o que foi passado pela "equipe" eleitoral deles.
No nível estadual, as chances dos Sarney continuarem mandando no Maranhão são bem altas (acreditem!), a maioria dos concorrentes são igualmente corruptos ou esquerdistas revoltadinhos. Os deputados estaduais e federais repetem o de sempre sem se preocupar e, pior, ainda agem em níveis bem restritos, falam de defender os interesses de tal cidade, tão região, como se APENAS suas localidades fossem relevantes. Entre os senadores, não há nada novo: mudaram apenas as faces e o discurso é o mesmo, isso porque nunca ficou tão claro que o político é só um reflexo do seu partido. Entre os presidenciáveis, aí sim a coisa fica lamentável.
Dilma, além de ter uma série de pontos negativos na campanha do PT-boa vizinhança-corrupção-jeitinho, mal tem coragem de estabelecer uma campanha sem sair do ombro do Lula. Você confiaria em alguém que só obedece ordens alheias? Você votaria em alguém visivelmente volúvel? Eu não...
Zé Maria chuta o balde e promete salários mínimos de 2 mil reais, redução da carga horária de trabalho máxima de 35 horas (sem redução do salário) e um completo apoio ao MST, garantindo desapropriação de terras privadas e doação das mesmas pra quem nela trabalha. Você acredita em um mínimo equilíbrio econômico baseando-se nessas 3 promessas? Eu não...
Plínio foi o único a assinar o termo de compromisso em favor dos interesses GLBT, ok. Mas e além disso? O Programa dele inclui excentricidades graves similares ao de Zé Maria e, além disso, sua divulgação e propaganda são tão superficiais e frágeis. Você votaria? Eu não...
Marina Silva aparentemente tem uma proposta bem limpa: se por um lado ela não apóia uma ou outra causa, por outro ela deixa isso bem evidente e explica suas razões. No máximo, diz que existem poucas informações sobre o assunto e "advoga a favor de um plebiscito" (SIC). Mas sinceramente, eu tenho os dois pés atrás com QUALQUER pessoa que venha de uma religião tipicamente fundamentalista como a dela. Admito, é uma forma de preconceito sim, sob uma fachada de auto-proteção.
E
Serra até tem boas propostas. Mas é só você conversar com alguns paulistas pra você conhecer um pouco do que ele fez por lá. Enquanto era governador, a criminalidade aumentou, os pedágios aumentaram, houve censura quando tentaram criticar o seu governo, entre outros motivos bem graves. Fora o partido dele, que tem carteirinha marcada em várias CPIs.
Como eleitor, eu não sei o que fazer, em quem votar. Não confio mais em votos nulose branco, ainda mais com a lenda (ou não) de que essas opções têm livre manipulação. Não vi em nenhum dos candidatos aquele entusiasmo que se espera pra modificar o que há de mais grave no nosso país, ou seja, as 3 necessidades mais basais e urgentes:
EDUCAÇÃO,
SAÚDE e
SEGURANÇA. Pouco se fala sobre tais necessidades e, quando se fala, é de um jeito completamente superficial e pisando em ovos. O que me remete a um grande medo de arriscar, de tentar fazer algo que possa definitivamente resolver uma boa parte dos problemas.
Pra finalizar, deixo o resto da minha opinião escancarada nas palavras do jornalista e blogueiro
Gabriel Cadete (em "
Sobre Política" e "
O voto gay?") e do ator
Felipe Neto (em "
Não Faz Sentido! - Políticos").